a
rocha vestida de algas
serve
de repouso,
e
ali te contemplo meu mar.
vejo-te
numa vastidão sem limites
enquanto
me salpicas os pés descalços
parecendo
carícias amistosas.
na
tua cor azul dourado e transparente
procuro
decifrar um nome oculto
como
se ele pudesse chegar até mim,
junto
de ti, místico mar,
deixo-me
prender pelas gaivotas
enquanto
dançam misteriosas,
e
espero a voz, companheira
de
um tempo, sem tempo.
mar,
conheces bem o segredo
a
dor que agora existe
onde
outrora testemunhaste alegria.
escuta
as minhas palavras,
sente
a solidão que há em mim..
a
voz é dorida, carrega suplicas,
o
caminho arrasta o silêncio que fala
conto
os minutos na ausência inesgotável
e
o sonho tem a forma de um rosto.
sem
guarida abrigo-me dentro dele
como
a sede de uma miragem!
helena
maltez